Dion Lay, roteirista de Alien: Isolation, acredita que o jogo poderia ter alcançado maiores vendas se tivesse um ritmo mais acelerado, mas se orgulha da coragem criativa do estúdio em priorizar o terror.


Ritmo e Adaptação do Xenomorfo
Em entrevista, Lay reconheceu que o jogo de 2014, desenvolvido pela Creative Assembly, pode ter se beneficiado de uma duração menor. “Na época, não parecia tão longo. E então você pensa: ‘Meu Deus’. Sim, eu definitivamente o encurtaria”, admitiu. Ele explicou que a extensão do jogo está ligada a uma de suas características mais marcantes: a forma como o xenomorfo se adapta ao jogador ao longo do tempo, tornando-se mais astuto e assustador.
“Agora, em um mundo perfeito, sim, eu o encolheria um pouco”, disse Lay. Apesar das discussões sobre o ritmo, ele enfatizou a importância de manter a essência aterrorizante do game.
“Sei que provavelmente poderíamos ter vendido mais se tivéssemos diluído [o terror], mas tenho muito orgulho de não termos feito isso e de ser realmente assustador.” – Dion Lay
O Terror Inegociável
Lay declarou que não reduziria o nível de sustos e tensão do jogo, mesmo que isso pudesse impactar as vendas. Ele compartilhou uma anedota sobre um jornalista que ficou preso em um armário por quase uma hora durante uma demonstração do jogo, incapaz de se arriscar a sair. A experiência destacou a eficácia do design de terror do jogo.
O jogo, lançado em 2014, é conhecido por sua atmosfera opressora e pela inteligência artificial avançada do xenomorfo, que desafiava os jogadores a usarem a furtividade e a inteligência para sobreviver. A decisão de manter o foco no horror, em detrimento de um apelo mais amplo, é vista por muitos como um dos pilares do sucesso cult do jogo.


Fonte: TheGamer