Como **12 Monkeys a série** (12 Macacos) Transformou um Clássico de Bruce Willis e Brad Pitt em uma

Como **12 Monkeys a série** (12 Macacos) Transformou um Clássico de Bruce Willis e Brad Pitt em uma Obra-Prima da Ficção Científica

PUBLICIDADE

Quando foi anunciado que *12 Monkeys*, o clássico cult de Terry Gilliam de 1995, estrelado por Bruce Willis e Brad Pitt, seria reimaginado como uma série de televisão, os fãs do filme original receberam a notícia com uma boa dose de ceticismo. Afinal, o longa era uma mistura singular de paranoia distópica, viagem no tempo e drama psicológico. Era peculiar, filosófico e tão específico em seu tom que a ideia de estender sua narrativa compacta para um arco de várias temporadas parecia, na melhor das hipóteses, arriscada e, na pior, um erro.

No entanto, de alguma forma, contra todas as probabilidades, 12 Monkeys a série não apenas funcionou, mas se tornou uma das produções de ficção científica mais ambiciosas, emocionalmente envolventes e narrativamente recompensadoras da era moderna.

Estreando no início de 2015 no Syfy e exibida por quatro temporadas, 12 Monkeys a série começou com uma premissa familiar: uma praga mortal dizimou a maior parte da humanidade, e o viajante do tempo James Cole (Aaron Stanford) é enviado de volta no tempo para detê-la em sua origem. A série ecoa os pontos básicos do filme, desde a missão de Cole e seu complicado relacionamento com a brilhante virologista, Dra. Cassandra Railly (Amanda Schull), até sua perseguição a um grupo misterioso conhecido como o Exército dos 12 Macacos.

Mas é aí que as semelhanças terminam. Em vez de simplesmente recontar a história do filme, a série a utiliza como um trampolim para algo muito mais expansivo, evoluindo rapidamente para uma épica saga que mistura viagem no tempo, horror distópico, mistério metafísico e até elementos de romance e mito. A produção explora habilmente as complicações da viagem no tempo sem se perder nelas, tratando o tempo como um enigma e um personagem por si só.

Ela se inclina para o caos, construindo arcos inteiros em torno de linhas do tempo mutáveis, futuros alternativos e uma história que só pode ser reescrita a preços altíssimos. As reviravoltas alucinantes da trama vão além de entregar apenas choque; elas estão profundamente enraizadas nos relacionamentos em evolução e nos sacrifícios pessoais dos personagens. Aaron Stanford traz uma intensidade crua a James Cole que é completamente distinta da interpretação de Bruce Willis.

Seu Cole começa como um catador rude de um futuro destruído, mas, com o tempo, ele se torna um líder sobrecarregado por escolhas impossíveis. A Dra. Cassandra Railly, de Amanda Schull, passa por um dos arcos mais cativantes da série, transformando-se de uma cientista metódica em uma sobrevivente endurecida que aprende que salvar o mundo às vezes significa abandonar as regras.

A química entre Stanford e Schull é magnética, e seu romance se desenrola com genuína complexidade. E então há Emily Hampshire como Jennifer Goines – uma versão com gênero trocado do maníaco Jeffrey Goines de Brad Pitt. Hampshire entrega uma atuação tão imprevisível quanto inesquecível.

Jennifer começa como uma paciente brilhante, mas altamente instável, que ouve vozes e fala consigo mesma em rimas. Mas, à medida que a série avança, ela se transforma em algo mais próximo de uma profetisa, uma carta curinga, uma heroína relutante. Seu arco é um dos mais surpreendentes e satisfatórios da série, e a capacidade de Hampshire de transitar do caos excêntrico para a vulnerabilidade comovente é nada menos que genial.

Os vilões, também, são icônicos. A misteriosa Testemunha, a figura enigmática no centro do Exército dos 12 Macacos, é mais do que apenas um antagonista sem rosto. À medida que sua identidade e motivações são lentamente reveladas, a série mergulha profundamente em questões de livre-arbítrio, destino e a própria natureza do tempo.

A escrita nunca escolhe o caminho fácil. Personagens que inicialmente parecem malvados são, na verdade, tragédias ambulantes. Aliados e amigos se envolvem em traições, e a linha entre herói e vilão é frequentemente borrada pelas circunstâncias.

Séries de ficção científica, especialmente aquelas que envolvem viagem no tempo, muitas vezes desmoronam em suas temporadas finais, sendo canceladas antes de resolverem pontos importantes da trama ou atrapalhando o final com um encerramento confuso. 12 Monkeys a série evita cair em ambas as armadilhas. Os roteiristas tinham um roteiro claro, e o final da série é uma aula magna de como fechar uma narrativa épica.

É emocionante, satisfatório e repleto de referências que recompensam os espectadores de longa data sem alienar os casuais. Mas talvez o mais importante que 12 Monkeys a série consegue é nunca perder de vista as pessoas na história. Viagens no tempo, pragas, paradoxos e destino podem soar como conceitos abstratos, mas nesta série, eles são profundamente pessoais.

Cada reviravolta, cada salto no tempo, carrega peso emocional. É uma série que consegue ser inteligente e emocionante, complexa, mas acessível. Ela ousa ser esperançosa em um gênero que muitas vezes se inclina para o desespero.

Então, se você pulou esta série pensando que é apenas uma versão requentada de um filme cult dos anos 90, é hora de reconsiderar. 12 Monkeys a série é uma reinvenção que se eleva acima de sua origem, entregando uma experiência de ficção científica que é tão cerebral quanto comovente, e que merece um lugar de destaque entre as melhores de todos os tempos. Uma jornada imperdível para os amantes do gênero.

Add a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *