Nem toda série de sucesso acerta em tudo, e quando o assunto é CGI, os erros podem ser difíceis de ignorar. Mesmo produções aclamadas e queridinhas dos fãs tiveram falhas visuais que quebraram completamente a imersão, diminuíram o impacto emocional de cenas cruciais e, em casos mais graves, se transformaram em piadas recorrentes na internet. Seja qual for o motivo, esses momentos acabaram arrastando para baixo a qualidade geral das séries.
E por terem acontecido em produções tão elogiadas, se destacaram ainda mais. Quando os efeitos visuais decepcionam, por mais forte que seja a história, o público percebe. Ao longo da história da televisão, algumas séries que sempre foram conhecidas por sua alta qualidade tropeçaram feio em momentos específicos de efeitos especiais.
Abaixo, destacamos 6 dos piores momentos de CGI em programas de TV onde os efeitos visuais fizeram mais mal do que bem, comprometendo a experiência do espectador e gerando discussões acaloradas entre os fãs. Prepare-se para relembrar algumas falhas digitais inesquecíveis. Antes de começar a ter seus altos e baixos, *The Walking Dead* foi uma das séries mais famosas e comentadas por muito tempo.
A história era envolvente, os personagens complexos, e havia drama e horror na medida certa. No entanto, um momento que se destacou negativamente foi o infame cervo em CGI da 7ª temporada. A cena, que deveria ser muito dramática, acabou virando motivo de piada na internet devido à renderização absurda do animal, que parecia ter sido colado na tela sem qualquer cuidado com iluminação, profundidade ou proporção.
Em uma série que já havia conseguido criar um tigre digital convincente, como a Shiva de Ezekiel, o cervo se destacou absurdamente e minou a credibilidade de um episódio que dependia da emoção do momento. *Lost* foi outra grande série que marcou gerações (muito pela controvérsia de seu final também). Mas a verdade é que, apesar de sempre ambiciosa em escopo, nem sempre entregava tecnicamente o que se propunha.
Um dos momentos mais criticados foi a famosa cena do submarino na 5ª temporada. O veículo, essencial para a trama naquele ponto, simplesmente parecia ter saído de um jogo de PlayStation 2. A textura plástica, o movimento rígido e a má integração com a água tiraram completamente o peso que a cena deveria ter.
Quando a realidade da ilha começa a parecer artificial, a suspensão de descrença é facilmente quebrada. E para um programa que sempre valorizou o impacto visual de seus grandes momentos, esse deslize é especialmente decepcionante. Isso também se aplica a *Game of Thrones*, mas em *House of the Dragon* é ainda mais relevante, já que o foco está nos dragões.
Mesmo com um orçamento robusto e ambições cinematográficas, a série ainda tropeça em momentos específicos que envolvem cenas onde os Targaryens estão montando suas criaturas. O problema não está nos modelos, que são detalhados e impressionantes em geral, mas na forma como interagem com os personagens. A integração entre o ator e o dragão parece artificial: os movimentos de câmera são suaves demais, o fundo não responde à física esperada, e muitas vezes a iluminação não combina entre o cavaleiro e o dragão.
Além disso, algumas manobras aéreas parecem rígidas aqui e ali, como se houvesse uma falta de fluidez entre a animação e a edição. A série *Supernatural*, da CW, teve seus momentos de tremendo sucesso. No entanto, a introdução dos Leviatãs na 7ª temporada, que tinha o potencial de renovar a mitologia do universo, se perdeu devido a um dos piores usos de CGI já vistos.
As bocas dos personagens se abriam de forma muito grotesca e artificial, com mandíbulas digitais mal renderizadas que pareciam mais um *glitch* de videogame do que uma transformação assustadora. O resultado foi cômico e acabou estragando parte do tom sombrio que a temporada deveria estabelecer. Para piorar, os efeitos visuais dos Leviatãs eram repetitivos e careciam de peso físico.
A cada aparição, a cena ficava mais difícil de levar a sério. O retorno de *Doctor Who* com Ncuti Gatwa trouxe novas ideias e energia renovada, mas também bebês com CGI que foram, francamente, bizarros. No episódio “Space Babies” da 14ª temporada, a tentativa de criar rostos digitalmente animados em recém-nascidos falantes resultou em um dos visuais mais desconcertantes da história da série.
Fazer algo assim não é inédito no mundo das produções audiovisuais, mas aqui, as expressões estavam dessincronizadas com a fala, com bocas flutuantes e olhos que não reagiam naturalmente, dando aos personagens uma aparência quase perturbadora. Para um programa que geralmente lida bem com o absurdo, esse visual ultrapassou o aceitável, mesmo para os fãs mais tolerantes. A cena claramente queria misturar humor e fofura, mas tudo pareceu estranho e sem graça.
Em termos de CGI, há muito o que falar em *Once Upon a Time* (embora, com o tempo, os fãs tenham passado a considerar os visuais como o estilo próprio da série). No entanto, alguns detalhes são demais para ignorar, como as várias criaturas e ambientes fantásticos que por vezes pareciam ter saído de um conto de fadas mal renderizado. Enquanto a trama nos prendia com reviravoltas e personagens cativantes, a inconsistência visual era um desafio constante à imersão.
Muitos apontam que os efeitos que envolviam certas criaturas ou transformações eram particularmente problemáticos, evidenciando as limitações técnicas que a série enfrentava ao tentar dar vida a um mundo mágico tão ambicioso. Estes momentos são lembretes de que, por mais grandiosa que seja a narrativa, o impacto visual é crucial para a credibilidade do universo construído. Esses exemplos servem como prova de que, mesmo com grandes orçamentos e equipes talentosas, o CGI mal executado pode manchar a reputação de uma série e virar alvo de piadas.
Daqui para frente, esperamos que os estúdios aprendam com esses erros e invistam ainda mais em efeitos visuais que estejam à altura das histórias que contam, garantindo que a magia da televisão não seja quebrada por um detalhe digital fora do lugar.