Em um desfecho agridoce para uma carreira lendária de mais de 20 anos, Goldberg subiu ao ringue pela última vez para enfrentar Gunther pelo Campeonato Peso-Pesado da WWE no recente Saturday Night’s Main Event. O combate, promovido sob o banner “Goldberg’s Last Ride”, prometia ser um adeus memorável. Embora Goldberg tenha demonstrado uma performance robusta, Gunther saiu vitorioso, retendo seu título.
Contudo, o que se seguiu à luta revelou-se a verdadeira fonte de atrito para o ícone do wrestling. Em uma entrevista franca com Ariel Helwani, Goldberg não apenas expressou sua profunda insatisfação com os eventos, mas também deixou em aberto a possibilidade de um retorno futuro. Durante a conversa com Helwani (divulgada via Fightful), Goldberg foi questionado sobre se enfrentar Gunther no Saturday Night’s Main Event era o plano original.
Sua resposta foi evasiva, mas reveladora: “Não posso dizer que fiquei muito empolgado com parte disso. ” Ao aprofundar, ele esclareceu que o problema residia no formato da TV ao vivo e na falta de controle sobre como as coisas se desenrolavam. Ele sonhava com um adeus diferente, preferindo “ter um pouco mais de controle sobre o tempo e o espaço”.
Apesar da honra de lutar contra o Campeão Mundial Peso-Pesado Gunther em um evento de tal linhagem em Atlanta, a rigidez do formato ao vivo foi um obstáculo. A consequência mais frustrante do formato de transmissão ao vivo foi o corte abrupto de seu discurso pós-luta na NBC. Enquanto a versão completa, com 10 minutos de duração, foi posteriormente carregada no canal oficial da WWE no YouTube, Goldberg não ficou nem um pouco feliz com a forma como isso foi veiculado.
Ele expressou que teria preferido um evento ao vivo premium, onde teria mais tempo e controle. “Eles me cortaram em malditos 20 segundos com um microfone na mão”, desabafou, prometendo que em “duas semanas” revelaria todos os detalhes sobre a “história inteira, desde a concepção da ideia até sua entrega”. Quando questionado sobre o motivo de um anúncio tão tardio – apenas três semanas de antecedência, quando os planos já existiam desde novembro –, Goldberg lamentou a oportunidade perdida.
Ele idealizava um anúncio em janeiro, com uma construção gradual que “fosse talvez digna de sua carreira”. A decisão de um aviso tão curto foi “um pouco menos do que o desejável”, descrevendo-a como parte de um “pacote” com o qual teve que lidar. Goldberg expressou sua raiva pela maneira como se despediu, sentindo que o esforço investido não foi reciprocado à altura de suas conquistas.
“Digamos que estou puto com a forma como saí”, declarou Goldberg, sublinhando sua frustração. Ele dedicou muito de si àquele momento, mas não sentiu que o esforço foi retribuído para carimbar seu legado. “Sou um cara da WCW.
Acho que poderia ter sido feito um pouco diferente, só isso. Estou feliz com minha performance e o cenário, mas poderia ter sido melhor. Com certeza, sempre pode ser melhor”, ponderou.
Para ele, havia “cerca de 100 coisas” que poderiam ter sido aprimoradas, incluindo o suporte midiático – apenas três entrevistas em seis meses – e, claro, o discurso cortado. Goldberg reafirmou que nunca foi informado de que seu discurso seria limitado a 28 segundos. “Nunca ouvi que eu falaria por 28 segundos.
Tive a oportunidade de falar por 28 segundos”, disse ele com ironia. Ele optou por não “choramingar” publicamente, mas considerou o incidente como a “pegadinha máxima”. Embora não acredite que o corte foi intencional, ele insinua uma falta de preparação que não ocorreria com outras lendas.
“Não estou dizendo que foi feito de propósito. Estou dizendo que não foi preparado de propósito. Eles não fariam isso com o Taker [Undertaker], certo.
Eles não fariam isso com o Cena [John Cena]”, concluiu, deixando claro o sentimento de que sua despedida não recebeu o mesmo tratamento que a de outros pilares da empresa.