12 Monkeys: Ficção Científica Humana Superior a Matrix, Diz Crítica

Crítica compara 12 Monkeys e Matrix, destacando a profundidade humana e a abordagem da causalidade em 12 Monkeys como superiores.

Embora Matrix seja amplamente considerado o ápice da ficção científica dos anos 90, com sua visão distópica, filosofia existencial e artes marciais, o filme de 1999 pode não ser tão superior quanto se pensa. A obra das irmãs Wachowski, apesar de visualmente única e com atuações marcantes como as de Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Hugo Weaving, foca em uma narrativa de homem contra máquina, elevando Neo a uma figura quase messiânica, o que pode afastar a conexão humana com o público.

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Morpheus e Trinity, embora carismáticos, mantêm uma aura de distanciamento cool, enriquecendo a visão de um futuro dominado por máquinas, mas dificultando a identificação pessoal. Até mesmo a cultura de Zion parece distante, tornando paralelos com a sociedade real, como a cena de rave, um tanto deslocados.

12 Monkeys: Uma História Mais Humana

Bruce Willis e Brad Pitt em 12 Monkeys
Bruce Willis e Brad Pitt em 12 Monkeys

Em contraste, 12 Monkeys (Os 12 Macacos), de 1995, estrelado por Bruce Willis, oferece uma qualidade mais tangível e fundamentada. O filme mantém a distopia fria, as reflexões éticas e a complexidade narrativa, mas a personagem Kathryn Railly, interpretada por Madeleine Stowe, serve como uma âncora entre o fantástico e o real.

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A diferença mais notável reside em Cole (Bruce Willis), que possui uma qualidade de homem comum, facilmente identificável. Diferente de Neo, que transcende para algo maior, Cole permanece dolorosamente humano em sua relutância, senso de dever e falta de poderes. Essa humanidade torna a experiência de 12 Monkeys mais impactante.

12 Monkeys Lida Melhor com a Causalidade que Matrix

Pílula Vermelha ou Azul em Matrix
Pílula Vermelha ou Azul em Matrix

Ambos os filmes exploram a causalidade, mas 12 Monkeys o faz de maneira mais eficaz. Em Matrix, a ideia de escolha é central, mas a ressurreição de Neo no final sugere que seu destino já estava traçado, levantando questões sobre sua agência. As sequências posteriores complicam ainda mais essa temática.

12 Monkeys, por outro lado, apresenta uma ambiguidade mais satisfatória. A dúvida se as ações de Cole causam o futuro sombrio ou se ele está apenas cumprindo um ciclo é deixada em aberto. A presença do cientista no avião no final pode ser interpretada de várias maneiras, permitindo que o público sinta o peso da incerteza.

Diferente de Neo, Cole morre sem retornar, e o filme não oferece respostas fáceis ou um final feliz. Essa abordagem permite que o público sinta medo e considere a verdadeira gravidade da causalidade, tornando 12 Monkeys uma experiência mais profunda e humana.

Fonte: ScreenRant

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